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Análise do mercado :: semana 01 à 05 de Fevereiro

Fechamos a última semana do mês com uma correção importante nos mercados mundo afora, cercados de receios sobre a duração e a intensidade dessa pandemia que nos assola desde o início do ano passado.

Nos EUA, o novo presidente Joe Biden, afirmou que o pior ainda está por vir, antes de qualquer sinal de melhora.

O quadro que segue demonstra a atual situação do covid-19 no mundo.

Abaixo observamos a evolução da vacinação em diversos países, com destaque para Israel, que já vacinou uma quantidade superior à 50% de sua população inteira.

Embora ainda inconclusivo, a curva de pessoas que agravaram com a doença neste país parece diminuir de modo promissor, conforme figura ao lado.

As incertezas sobre o Brasil ainda são maiores. Também estamos atravessando o pior momento dessa crise sanitária no país, com uma série de riscos que podem agravar de maneira mais intensa a nossa situação econômica.

  1. Embora o atual presidente Jair Bolsonaro insista / reforce que o teto dos gastos será respeitado este ano, existe uma probabilidade, que não é pequena, de extensão do auxílio emergencial. A questão é de onde sairia esse dinheiro para que o teto não seja furado?
  2. As eleições para presidência da câmara e senado podem ser fundamentais para a continuidade (início) das reformas / privatizações / promessas que insistem em não chegar.
  3. O banco central do Brasil sinalizou nesta última ata do COPOM que a taxa básica de juros do país pode ser ‘ajustada’ nas próximas reuniões, dado que uma das condições (a inflação) deixou de ser satisfeita.

Análises gráficas

As análises abaixo refletem apenas opiniões de cunho pessoal, e não ecoam de maneira alguma qualquer tipo de recomendação de investimento. Além disso, as mesmas são estritamente gráficas, e não consideram qualquer variável adicional, incluindo as citadas no início desse texto.

Ibovespa

Como escrevemos em uma das nossas análises semanais anteriores, o próximo alvo do principal índice acionário brasileiro seria o seu topo histórico na faixa dos 120mil pontos – objetivo alcançado na última semana de 2020.

Assumindo que o descanso / correção que o levou dos 105mil aos 93mil pontos foi uma bandeira de alta, o alvo desta figura gráfica seria na faixa dos 140mil pontos, conforme seta em azul no gráfico abaixo.

Contudo, é fundamental ficar atento ao comportamento do Ibovespa, já que este rejeitou uma importante região de resistência definida pelo canal de alta estabelecido desde 2016. Desde então, a única ocasião em que este foi rompido de fato (para baixo), foi exatamente no início dessa atual crise.

Para esta correção, os alvos poderiam ser na casa dos 109mil pontos (retração de 50% de fibo), ou na região dos 105mil pontos, que coincidira com o topo semanal anterior, com a retração de 61,8% de fibo, e com a linha inferior desse canal de alta.

Contratos de dólar

Os contratos futuros de dólar vem trabalhando dentro de uma lateralidade ampla, de acordo com o retângulo em preto no gráfico a seguir.

Toda essa relação de extensão do auxílio emergencial (e piora da situação fiscal), taxas de juros reais negativa, dificulta a valorização da nossa moeda frente à americana, e um posicionamento mais sólido para este par de moedas.

Enquanto isso, índice DXY reforça a tendência de enfraquecimento do dólar perante às outras moedas de países desenvolvidos, e o rompimento para baixo da consolidação mais recente (marcada por duas linhas horizontas e paralelas em preto na parte inferior à esquerda do gráfico abaixo), sugerem que o dollar index poderá buscar as mínimas que não são alcançadas desde o início de 2018.

S&P 500

O principal índice americano rompeu a consolidação marcada pelo retângulo em preto no gráfico a seguir, e vem produzindo novos topos históricos, no qual enxergamos um potencial de valorização para a faixa dos 3.900 / 4.000 pontos no médio prazo (pela projeção para cima da amplitude do retângulo mencionado – conforme setas em cinza no gráfico abaixo).

Contudo a correção desta última semana está longe de ser desprezível, engolfando uma quantidade importante de barras semanais, demonstrando que esta pode se acentuar nos próximos dias / semanas.

Temos falado com um pouco mais de detalhes sobre essa correção na nossa análise matinal (clique aqui para saber mais).

Commodities / Metais / Bitcoin

Seguindo o otimismo global, as commodities também vêm se valorizando ao longo dos últimos dias / semanas.

O preço do barril de petróleo WTI rompeu para cima uma consolidação entre os 34-42 USD/bbl que se arrastava desde o início de junho deste ano, e atingiu o nosso alvo que era no seu preço pré pandemia na faixa dos 54 USD/bbl.

Neste momento o mesmo vem operando num patamar relevante na tentativa de romper a média de 200 períodos.

O minério de ferro também corrigiu de maneira acentuada, com os riscos do prolongamento desta pandemia, e do surgimento de novos casos também na China, um dos grandes compradores dessa commodity no mundo.

O mesmo tem como suporte imediato a linha diagonal em preto desenhada no gráfico abaixo, e a faixa dos 125USD/ton, que era o seu topo histórico anterior.

Como também vínhamos mencionando, o rompimento do canal de baixa marcado pelas duas linhas diagonais e paralelas em cinza, sugeriam graficamente que o cobre poderia alcançar patamares de preços que não eram alcançados há bastante tempo (conforme setas em cinza situadas no canto direito do gráfico abaixo), como aconteceu nestas últimas semanas.

Ouro / Bitcoin

O metal tem uma importante LTB (linha de tendência de baixa – marcada em vermelho) que ainda não foi vencida. Só rompendo a mesma para cima poderá retornar à faixa próxima dos 2mil USD.

Num ritmo mais acelerado, o Bitcoin, atualmente a principal cripto moeda do mundo, depois de uma forte correção de quase 10mil USD, vem trabalhando de forma relativamente consolidade entre os 30-40mil USD.

Enxergamos ainda um potencial de alta para ambos os ativos, devido à farta impressão de dinheiro no planeta via políticas monetárias e fiscais, e riscos econômicos significativos com importante chance de materialização.

Agenda econômica

A agenda econômica desta semana traz uma série de divulgações importantes, conforme calendários a seguir.

Divulgação de resultados

Nesta semana seguiremos com a divulgação de resultados de empresas aqui no Brasil (destaque para Itaú, Santander e Bradesco), e nos EUA, conforme tabela a seguir:

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