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Análise do mercado :: semana 05 à 09 de outubro

Faltam apenas 4 semanas para as eleições nos EUA. Quais serão os desdobramentos desse evento tão importante nos mercados financeiros? 

Numa semana que inicia-se com feriados na China, teremos definições importantes para alguns ativos. Será que o Petróleo WTI perderá o suporte nos 36 dólares e desabará até 33 dólares? Brasil irá visitar os 91.500 pontos ou quiçá os 86.000? 

E a contaminação pelo COVID pelo presidente americano, Donald Trump? Será que ele vai recuperar-se plenamente da COVID-19?

Vamos olhar graficamente, o que podemos ter de desdobramentos em cada um dos ativos comentados a seguir…

O VIX parece dar sinais de vida. Também como conhecido como índice do medo, costuma reagir fortemente quando os mercados caem.

Pode-se notar um padrão de acumulação (médias móveis de 20 e 200 dias encontram-se emboladas no gráfico diário), muito típico às vésperas de uma expansão. Possivelmente o gatilho para essa expansão será algo que contrarie as expectativas do mercado, como por exemplo, um resultado eleitoral indesejado nos EUA. 

Índice futuro no Brasil

O gráfico diário do índice futuro do Brasil fez um movimento importante, nesta última semana. Rompeu um alargamento para baixo e agora projeta os 91.500 pontos como objetivo final. Um cenário mais pessimista poderia sugerir que os mercados testarão a região de 86.000 pontos, nas próximas semanas.

Nitidamente o mercado somente retomará uma alta mais convincente se conseguir fechar acima dos 99.000 pontos. 

Contexto global

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No dia 03 de Novembro teremos as eleições nos EUA. Nesta época é comum observar muita volatilidade aos mercados. 

O primeiro debate entre os candidatos foi acalorado e cheio de troca de farpas. Pra completar,  no dia seguinte, Trump anunciou ter contraído o vírus da COVID-19. Um agravamento do estado de saúde de Trump seria algo inesperado e poderia agravar o clima de incertezas. Vamos acompanhar com atenção.

Contratos de dólar e DXY

O contrato de dólar futuro fechou a semana bem próximo da resistência de 5,70XX. O gráfico a seguir mostra com nitidez que o índice futuro da moeda americana vem oscilando num canal de alta, cujo limite superior deste encontra-se por volta de 5,90XX. A depender do comportamento do DXY (comentários abaixo), poderemos ver uma nova pernada de valorização da moeda americana, nos próximos dias.

O índice DXY interrompeu sua trajetória de queda e na última semana fez um pullback ao sentir a resistência por volta dos 94.600 pontos. Um fechamento acima deste valor na próxima semana, confirmaria um pivot de alta no ativo e poderia confirmar uma tendência de valorização do dólar frente às moedas globais, nas próximas semanas. 

Se você não conhece o funcionamento deste índice, recomendamos que você leia este artigo que preparamos.

SP500

O principal índice americano, que reúne as ações das 500 maiores empresas daquele mercado finalmente teve sua tendência de alta “enfraquecida”. Temos agora uma tendência terciária de baixa. O teste da região de 3.200 pontos aconteceu conforme previmos na nossa análise semanal de 3 semanas atrás e nos últimos dias o mercado vem dando sinais de indecisão. Um fechamento abaixo de 3.200 pontos na próxima semana seria mais negativo para os mercados de maneira geral.

Um cenário mais conturbado nas eleições americanas poderia levar o mercado a revisitar a região de 2900-2700 pontos, que é onde encontram-se as retrações de 50% e 61,8% da última perna de alta.

DAX

O principal índice da Europa atingiu na última semana uma região de oferta muito importante e passou a cair. 

Comentamos nas nossas análises matinais que enxergávamos uma formação bastante rara de acontecer, o diamante. Esse padrão geralmente precede reversões de tendência mais duradouras, especialmente quando observada em tempos gráficos maiores, como o diário. Um fechamento abaixo de 12.400 pontos na próxima semana seria o gatilho para uma nova pernada de baixa. 

Numa perspectiva mais otimista, apenas a superação dos 13.000 pontos poderia sinalizar que os compradores estão no controle da situação.

Commodities e metais

Depois de uma recuperação importante nos preços do barril de petróleo, o mesmo demonstrou dificuldades para continuar subindo com a velocidade anterior.

Chamava muito a atenção o estreitamento das Bandas de Bollinger, no gráfico diário. Geralmente isso precede um movimento amplo de expansão dos preços, o que de fato ocorreu nas últimas semanas. Seria mais ou menos o mesmo que sacudir uma garrafa de refrigerante com a tampa fechada e depois abri-la. Vai espirrar refrigerante para todo lado. Aqui no Petróleo a analogia seria parecida e presenciamos um movimento forte, nos últimos dias. 

A perda da mínima da última semana (36 dólares) poderia levar o mercado a revisitar a região de 33 ou até 31 dólares. Vide gráfico abaixo.

O minério de ferro visitou a região de USD 129 e corrigiu, após o mercado atingir uma zona de oferta importante. 

Se observarmos atentamente o gráfico abaixo, há uma inclinação muito forte no ativo. Geralmente quando essas linhas inclinadas são rompidas, observa-se um movimento brusco de reversão. Neste contexto, sugerimos muita atenção aos próximos movimentos do minério.

Neste vídeo explicamos a importância das zonas de oferta e demanda. Vale à pena conferir.

O ouro rompeu para baixo o triângulo bastante nítido que podia ser observado no gráfico abaixo e fez um pullback na retração de 50%. Por volta de 1925 pontos temos a retração de 61,8% de Fibonacci. Havendo hesitação neste ponto, pode ser um bom momento de considerar operações de venda no ativo, com alvo na região de 1860 pontos inicialmente.   

Considerando a alta dos últimos 6 meses, pode-se afirmar que o metal capturou uma parcela do movimento defensivo que naturalmente era direcionado ao dólar. Contudo, como vínhamos ressaltando, não há muita novidade nessa possível preferência, dado que a intensificação de impressão de dinheiro pelos bancos centrais ao redor do mundo pode de fato trazer uma instabilidade em termos de confiança no poder aquisitivo do papel moeda.

Agenda econômica

Sumarizamos abaixo o calendário da Investing.com destacando apenas os eventos que normalmente trazem mais volatilidade aos mercados. Destacamos os feriados na China até a 5a. feira. Já vimos muitos movimentos mais bruscos ocorrerem justamente nesses momentos…

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