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Análise do mercado :: semana 17 à 21 de Agosto

Nessa semana circulou uma imagem que ilustra bem o momento atual. Economias mundo afora em “frangalhos”, mas o mercado de ações ali “de pé”, inteiro ainda. A pergunta de um milhão de dólares seria: até quando?  🤣

O endividamento das nações e das empresas, não pára de subir. O desemprego atinge taxas recordes. A tensão entre EUA e China não arrefece. O risco de inflação em decorrência do excesso de liquidez injetada nos mercados vem aumentando consideravelmente. Podemos estar presenciando, neste momento da história, a maior conjunção de fatores de risco que podem podem resultar numa crise de proporções nunca vistas anteriormente. Vamos olhar o que dizem os gráficos…

Índice futuro no Brasil

O gráfico diário do índice futuro do Brasil ficou mais feio. Temos as tendências secundária e terciária de baixa e uma primária de alta. Na semana que irá iniciar-se há uma chance de o mercado testar a base do canal de baixa formado, na região de 97.000-96.000 pontos. Se essa hipótese se confirmar, teríamos também a perda do canal de alta (destacado em preto no gráfico abaixo).

O mercado somente retomará uma alta mais convincente se conseguir fechar acima dos 105.000 pontos. 

Ressaltamos também que estamos ainda na temporada de divulgação de resultados relativos ao 2o trimestre deste ano, que em teoria trarão o impacto ‘cheio’ do ‘congelamento’, ‘lockdown’, ‘quarentena’ da economia gerados pelo covid-19.

Como serão os resultados das empresas abaixo? Observem que serão divulgados os resultados de muitas empresas do setor varejista dos EUA e do Brasil. 

Calendário de resultados - Brasil e EUA

Contexto global

Neste ano teremos eleições nos EUA, época que costuma trazer muita volatilidade aos mercados. Inclusive as primeiras pesquisas da corrida eleitoral já estão sendo divulgadas e vêm mostrando alguma vantagem do candidato democrata (Biden), na disputa com Donald Trump

Não restam dúvidas que o mundo encontra-se diante de um cenário complexo. De um lado estão os impactos econômicos provocados pela Covid-19. De outro os efeitos do excesso de liquidez dos últimos anos, que reduzem a efetividade das medidas de estímulo que vêm sendo aprovadas.

Contratos de dólar

Os contratos futuros de dólar após fazerem um movimento muito forte para baixo, e configurarem posteriormente um OCOI (ombro cabeça ombro invertido) que não se concretizou, está operando muito próximo da região de 5,50XX que se for superada seria bastante altista para a moeda americana. 

Observações importantes:

(1) O aumento das tensões entre EUA e China podem gerar uma nova procura natural pelo dólar, denominado ativo de ‘segurança’.

(2) Países e empresas estão super endividados, e grande parte dessa dívida está denominada em dólar. Desta forma, quase que obrigatoriamente, essas mesmas instituíções precisarão da moeda americana para honrarem seus compromissos à medida que esses forem vencendo.

(3) Como contraponto, o índice DXY vem caindo de forma bem acentuada, e apesar de ter rompido um suporte que não era ultrapassado desde o início de 2019. A perda da mínima da última semana no DXY poderia dificultar a trajetória de alta do dólar futuro no Brasil (ver destaque abaixo), pois pode gerar uma nova pernada de baixa no ativo. 

Se você não conhece o funcionamento deste índice, recomendamos que você leia este artigo que preparamos.

SP500

O principal índice americano, que reúne as ações das 500 maiores empresas daquele mercado encerrou a semana também com dois “inside bars” consecutivos. Esse padrão costuma ser um sinal de contração de volatilidade que geralmente precede movimentos mais amplos de expansão. Como estamos próximo do topo histórico o mercado pode estar “armando um rompimento”. 

A tendência de alta só seria “enfraquecida” se na próxima semana o mercado fechar algum dia abaixo de 3.300 pontos. 

DAX

O principal índice da Europa atingiu na última semana uma região de oferta muito importante. O retângulo roxo mostra que por volta dos 13.000 pontos é exatamente onde o mercado ficou congestionado entre outubro de 2019 e fevereiro de 2020, até que fosse produzida a queda espetacular observada no início deste ano. A superação desta região seria uma sinalização de força dos mercados. No entanto, tivemos nas últimas semanas topos descendentes produzidos nessa faixa de preços do índice alemão. Neste contexto, um fechamento abaixo de 12.500 pontos seria bastante negativo para esse índice, pois confirmaria a perda da LTA (linha de tendência de alta) que vem sendo respeitada desde março deste ano. Vamos acompanhar com atenção.

Commodities e metais

Depois de uma recuperação importante nos preços do barril de petróleo, o mesmo demonstra dificuldades para continuar subindo com a velocidade anterior, provavelmente pela sinalização de que os principais países produtores começarão a flexibilizar um pouco mais os cortes de produção que foram realizados no início da pandemia.

Graficamente chama muito a atenção o estreitamento das Bandas de Bollinger (destaque em verde), no diário. Geralmente isso precede um movimento amplo de expansão dos preços. Seria mais ou menos o mesmo que sacudir uma garrafa de refrigerante com a tampa fechada e depois abri-la. Vai espirrar refrigerante para todo lado. Aqui no Petróleo a analogia seria parecida e poderemos presenciar um movimento muito forte em breve.

O minério de ferro rompeu uma importante consolidação na casa dos USD 100, fazendo posteriormente um pullback, e parece estar acumulando forças para uma nova perna de alta em direção à máxima histórica, conforme sugerem as setas em preto no gráfico abaixo. Lembrando que o mercado atingiu uma zona de oferta e pode encontrar dificuldades de superar esses patamares de preço, no curtíssimo prazo.

Neste vídeo explicamos a importância das zonas de oferta e demanda. Vale à pena conferir.

O ouro atingiu o alvo na região de 2.080 dólares que sinalizamos no nosso último semanal e corrigiu com força. Dado a profundidade da correção podemos estar presenciando, no curtíssimo prazo, uma reversão da tendência de alta terciária que poderia levar o mercado a buscar os 1.760 dólares nas próximas semanas (ver linha rosa no gráfico abaixo).   

Aparentemente o metal capturou uma parcela do movimento defensivo que naturalmente era direcionado também ao dólar. Contudo, como vínhamos ressaltando, não há muita novidade nessa possível preferência, dado que a intensificação de impressão de dinheiro pelos bancos centrais ao redor do mundo pode de fato trazer uma instabilidade em termos de confiança no poder aquisitivo do papel moeda.

Agenda econômica

A semana será repleta de eventos e divulgações que deixarão os mercados mais agitados. Sumarizamos abaixo o calendário da Investing.com destacando apenas os eventos que normalmente trazem mais volatilidade aos mercados…

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